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domingo, 23 de outubro de 2016

POEMA DA CATEDRAL


Hoje é uma catedral...
Mas o poema narra um fato do tempo em que era a Igreja Matriz de Montenegro, Rio Grande do Sul.














IGREJA MATRIZ


Ela entrou na Igreja Matriz,

levou à fronte uma gota de água benta

e fez o sinal da cruz...

Desejou talvez no amor ser feliz...

Só a Deus revelou belos sonhos que alenta...

e a pureza que me seduz!...



Bem queria vê-la assim, tão pura e bela,

mas imagino este momento fascinante!...

Só Deus soube se ela ainda era constante,

mas meu amor há de ser sempre dela!...



Nos seus passos, o acaso pôs os meus,

e ao sair, tão graciosa, da igreja, eu a vi

colhendo uma flor que guardava em si

as respostas aos corações ateus!...



Ela foi o amor a quem eu mais quis!...

Seu olhar tão profundo me perturba e tenta!...

É um anjo em quem busco a luz!...



Eu a perdi num dobrar de esquina,

mas sua imagem guardei pra sempre na retina,

quando ela para mim sorriu!...

No sorriso, atração; no olhar, candura,

seu rosto exprimiu constrangida censura...

e na esquina depois sumiu!...



Cláudio Luiz Sá Brito Machado

Escrito em 31 de agosto de 2005